RadSafe ® – Latin America Education

Curso básico de proteção radiológica

A proposta desta página é aumentar o conhecimento sobre a importância de proteção radiológica na prática clínica diária e promover menor exposição aos pacientes à radiação ionizante, com maior segurança e qualidade de atendimento médico, assim como aprimoramento do diálogo, sobre o risco e o benefício dos exames radiológicos, entre os médicos solicitantes e seus pacientes.

RadSafe é uma iniciativa educacional com informações para a comunidade acadêmica, a equipe de radiologia e aos pacientes.

As iniciativas educativas seriam:

  1. Para a comunidade acadêmica possibilitamos informações sobre alguns temas gerais em proteção radiológica.
  2. Para a equipe de radiologia promovemos informações sobre justificação e otimização dos exames radiológicos, protocolos técnicos dos exames, projeto internacional em coleta de dados de tomografia de forma anonimizada e ênfase no diálogo com o paciente.
  3. Para os pacientes promovemos algumas informações sobre os riscos e benefícios dos exames radiológicos.

Critérios de proteção radiológica, iniciativas mundiais e exemplos na prática clínica farão parte do conteúdo desta página. Os participantes poderão executar os passos de evolução do conteúdo e finalizar com um questionário para receber um certificado posteriormente por e-mail.

A Comissão Internacional de Proteção Radiológica estabeleceu como três os princípios fundamentais:

1. Justificação: os exames devem promover maior benefício do que risco;

2. Otimização: a equipe radiológica deve executar o exame com a menor dose possível mantendo a qualidade e acurácia diagnóstica (ALARA/ALADA);

3. Limite de dose: para a equipe radiológica e profissionais expostos deve-se respeitar os limites da dose segundo a legislação (ANVISA, Ministério da Saúde e do Trabalho)

Referência:

IA Practical Guidebook. The European ALARA,2019

ICRP. 2007. ICRP Publication 103. Ann. ICRP 37 (2-4)

RDC 611. Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-611-de-9-de-marco-de-2022-386107075

A Agência Internacional de Energia Atômica e a Organização Mundial de Saúde criaram a Iniciativa Bonn Call For Action, com o objetivo de solicitar aos países ações em Proteção Radiológica.

Segundo o documento da AIEA ( https://www.iaea.org/sites/default/files/17/12/bonn-call-for-action-statement_por.pdf),

Os objetivos de Bonn Call for Action são:

  1. a) fortalecer a proteção radiológica dos pacientes e dos profissionais de saúde em geral;
  2. b) alcançar o maior benefício com o menor risco possível para todos os pacientes através do uso seguro e adequado da radiação ionizante em medicina;
  3. c) apoiar a integração total da proteção radiológica nos sistemas de saúde;
  4. d) ajudar a melhorar o diálogo sobre risco/benefício com os pacientes e com o público;
  5. e) aumentar a segurança e a qualidade dos procedimentos da radiologia em medicina.

Introduzir e aplicar a regra dos 3 A’s (alerta, adequação e auditoria), os quais são vistos como ferramentas que podem

facilitar e melhorar a justificação da prática;

Desenvolver critérios harmonizados com base na evidência científica para reforçar a adequação do uso da imagem clínica,

incluindo a medicina nuclear diagnóstica e procedimentos que envolvam o uso de radiações não-ionizantes. Todos os

intervenientes devem estar envolvidos no desenvolvimento desses critérios;

Implementar referênciais para a imagem clínica (guidelines), considerando variações locais e regionais e garantindo a

actualização periódica, a sustentabilidade e a disponibilidade desses referenciais;

Reforçar a aplicação da auditoria clínica em relação à justificação, assegurando que a essa justificação se torna efetiva,

transparente e responsável na prática radiológica normal;

Apresentar soluções de tecnologia da informação, nomeadamente ferramentas de apoio à decisão em radiologia clínica e

garantir que essas mesmas soluções estão disponíveis e livremente acessíveis no ponto de atendimento;

Continuar a desenvolver critérios para a justificação dos programas de rastreio de saúde para populações assintomáticas

(por exemplo, mamografia de rastreio) e para radiologia clínica aplicada a indivíduos assintomáticos que não estejam a

participar em programas de rastreio de saúde já aprovados (por exemplo, uso de TC para a vigilância da saúde individual).

.

Diretrizes e guias de orientação com suporte aos médicos na decisão de solicitar os exames radiológicos,

podem esclarecer aos solicitantes a indicação adequada para cada quadro clínico e contribuir para a redução da exposição

à radiação ionizante. Um exemplo são os critérios de adequação.

“Os Critérios de Adequação ACR® (AC) são diretrizes baseadas em evidências
para ajudar os médicos solicitantes e outros profissionais a tomar a decisão de
tratamento ou imagem mais apropriada para uma condição clínica específica.
O emprego dessas diretrizes ajuda os médicos solicitantes a melhorar a
qualidade do atendimento e contribuir para o uso mais eficaz da radiologia. O
Os Critérios de Adequação ACR® não se destina a ser usado como orientação
de codificação para procedimentos radiológicos”

https://www.acr.org/Clinical-Resources/ACR-Appropriateness-Criteria

A iniciativa Choosing Wisely possibilita informações aos médicos e aos pacientes do que não se deve fazer

Melhorando a qualidade da assistência e reduzindo a exposição aos pacientes.

Publicações evidenciam melhora na gestão hospitalar com a aplicação desta iniciativa.

https://www.choosingwisely.org/https://www.choosingwisely.org/files/Communicating-About-Overuse-to-Vulnerable-Population_Final2.pdfhttps://www.choosingwisely.org/files/Final-Choosing-Wisely-Survey-Report.pdf

A equipe radiológica deve executar o exame com a menor dose possível mantendo a qualidade e acurácia diagnóstica (ALARA/ALADA);

Segundo a Ação número 2 da iniciativa Bonn Call for Action, deve-se

– Garantir a implementação, uso e atualização regular dos níveis de referência de diagnóstico para procedimentos radiológicos;

_ Desenvolver e aplicar soluções tecnológicas no registo das exposições radiológicas a que cada paciente está sujeito, harmonizar os formatos dos dados referentes às doses fornecidas pelos equipamentos de imagem e aumentar a utilização de registros de saúde eletrônicos

Não há dúvidas: a TC nos ajuda a salvar a vida de crianças.Mas é importante ter a consciência da exposição à radiação ionizante!

Um tamanho não serve para todos…deve-se ajustar a dose de acordo com a idade, o tamanho, peso e altura do paciente.

As crianças são mais sensíveis à radiação.

♣ O que fazemos agora dura a vida deles.

Certifique que a TC relamente é indicada:

♣ Dimensione o kVp e mA para o tamanho pediátrico.

♣ Uma fase de varredura costuma ser suficiente para os exames de criancas.

♣ Exponha apenas a área desejada.

References:

http://www.imagegently.org/Roles-What-can-I-do/Radiologist

Segundo a Ação 4 do Bonn Call for Action os países devem promover a educação e treino de todos profissionais de saúde em proteção radiológica, tendo em particular atenção os profissionais que utilizam radiação em medicina e em odontologia;

Integrar a proteção radiológica no currículo das escolas de medicina e de medicina dentária, garantindo o estabelecimento de uma competência específica nestas áreas;

Reforçar à formação dos profissionais de saúde em situações de implementação de nova tecnologia.

https://www.iaea.org/sites/default/files/17/12/bonn-call-for-action-statement_por.pdf

O avanço da tecnologia promoveu maior acurácia diagnóstica, no entanto o seu uso

não indicado pode promover exposição desnecessária. O risco e benefício dos exames radiológicos devem ser

esclarecidos aos pacientes.

Os pacientes devem ser estimulados a entrar em contato com seu médico em caso de
dúvidas médicas específicas ou para encaminhamento a um radiologista ou outro
médico. Os técnicos de radiologia e demais profissionais de saúde devem estar
cientes dos riscos e benefícios destes exames para informar adequadamente aos
pacientes.

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As crianças são mais vulneráveis à exposição à radiação ionizante, devido a radio sensibilidade e longevidade.

O risco é maior em indivíduos menores do que 30 anos, principalmente menor que 10 anos e no sexo feminino,

portanto é essencial ter um planejamento individualizado nos procedimentos pediátricos.

ICRP. 1991. Publication 60

MS-RDC 611/22. https://www.in.gov.br/web

A Practical Guidebook. The European ALARA,2019

Questionário obrigatório

Pesquisa de Satisfação